A disputa pela eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal, que acontece no dia 1º de janeiro, segue movimentada nos bastidores. Como tradicional, vereadores evitam mostrar as cartas que podem mudar o rumo do jogo que é sempre definido no apagar das luzes.
No entanto, a polarização entre dois grupos é clara e a disputa pelo apoio da maior bancada da Casa, a do MDB, está cada vez mais quente.
De um lado, o grupo que tem como principal nome o atual presidente da Câmara, Romário Policarpo (Patriota) e conta, até então, com a presença dos seis vereadores emedebistas. De outro, o grupo formado por veteranos como Sabrina Garcêz (PSD), Lucas Kitão (PSL), Léia Klébia (PSC), e novatos como Paulo Henrique (PTC).
O último nome, inclusive, pode ser o elo a garantir a união entre o grupo de Sabrina e a bancada do MDB. Isso porque Paulo Henrique, apesar de pertencer ao PTC, tem grande vínculo com a gestão Íris, de quem já foi secretário, e com o próprio MDB de Daniel Vilela.
“Eu já sou vinculado ao MDB, como diz o Daniel eu estou emprestado ao PTC, a gente já tem um vínculo, fui secretário do prefeito. Fiz a vinculação com o PTC por causa da afinidade que o partido tem com o MDB, então a gente tem um bom diálogo”.
A definição do presidente da Casa Legislativa é de grande interesse do Paço Municipal que, sem a presença física do prefeito eleito Maguito Vilela que continua internado se recuperando da Covid-19, quer garantir o apoio da Câmara Municipal, principalmente nesse início de gestão.
Nesse cenário, o nome de Paulo Henrique ganha força por ser nome conhecido e aprovado por Daniel Vilela. “Com certeza, é um momento muito difícil pra todo mundo, mas acredito que o MDB vai querer um presidente que tem um apoio maior, uma afinidade maior para tentar começar o governo com a Câmara ao lado”, afirma o vereador eleito.
Oposição?
Entretanto, o grupo de Paulo Henrique, ficou conhecido como o “G-11” ou o “grupo de oposição”, por ter integrantes como Sabrina Garcêz e Lucas Kitão, vereadores veteranos que não participaram da base aliada de Iris Rezende. Sabrina, inclusive, apoiou o então candidato Vanderlan Cardoso (PSD).
Questionado se o seu grupo fará oposição a Maguito, Paulo Henrique nega. “Pelo contrário, ele é um grupo que também faz parte da base do Maguito, a maioria dos vereadores que faz parte desse grupo apoiou a eleição do prefeito Maguito”, analisa. “A Sabrina é uma pessoa do diálogo que tem o respeito tanto da situação quanto da oposição e busca sempre o melhor para a cidade”, emendou.
O G-11
Paulo Henrique diz que o principal mote do grupo é buscar a independência da Casa mantendo o diálogo aberto com a prefeitura. “Esse grupo representa a união, a gente quer fazer uma unidade dos vereadores para que tenham sim uma força maior nessa legislação e dentro do próprio Paço”.
Além de Paulo Henrique, Sabrina Garcêz, Lucas Kitão, Léia Klébia, o G-11 também conta com Sgt. Novandir (Republicanos), Anderson Bokão (DEM), Bessa (DC), Leandro Sena (Republicanos), Marlon (Cidadania), Thialu Guiotti (Avante) e Leo José (PTB).
Sobre a possível composição com a bancada emedebista, Paulo diz que o diálogo está aberto se mostra confiante. ” Na verdade o MDB não teve nenhum posicionamento ainda em relação à Mesa Diretora, está todo mundo aberto, todo mundo conversando com todo mundo. Não tem hoje um grupo que está fechado e vai bater a eleição. As coisas dentro da Câmara e principalmente em relação à Mesa Diretora vai se afunilando nos últimos dias, as pessoas vão se acomodando e se adequando nos espaços. E aí a presidência vem naturalmente e acredito que pro nosso grupo que é um grupo que tem uma credibilidade maior”.
“Acredito que quando for juntar no final o MDB deve compor com a nossa base até porque a nossa base é base deles e nós estamos mais juntos pensando em unidade, em fortalecimento e até por questão de lealdade do partido”, completou.
fonte: Jornal Opção
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