Ao escrever um artigo criticando a falta de coerência do político Martiniano Cavalcanti, mal podia imaginar que seria ferozmente atacado, numa babel de calúnias e adjetivações, por uma ex-mulher com paixão crônica incurável. Marialda não se conformou com minhas análises, muito embora as objeções narradas na matéria façam coro com dúvidas do PSOL (partido que Martiniano ocupa um cargo de relevância) que teve a precaução de afastá-lo até que tudo seja esclarecido. Pela exaltação com que me agrediu, é possível que tenha enviado uma correspondência furibunda ao partido.
Eu concordo com Marialda quando ela diz que existe no “campo da direita vários intelectuais capazes de debater com Martiniano” e que eu não sou um deles. É verdade. Primeiro que não me considero intelectual. Embora tenha uma respeitável biblioteca com mais de três mil títulos, doze anos de vida acadêmica e pós graduações em vários países, estou longe da cultura que sempre almejei.
O mais importante é que não sou de direita, dona Marialda Valente, sou um jornalista direito e direto. Não invento fatos que nunca existiram. A senhora afirma que eu passei o réveillon com Carlos Cachoeira em Miami. Quanta imaginação. Se não estivesse tão obcecada em agradar e defender Martiniano, teria algum tempo para saber que Cachoeira me odeia – e até entrou com uma ação contra meu programa de rádio – porque ousei condenar suas práticas criminosas. Pois é! Talvez a senhora tenha me confundido com um de seus ex-maridos ou tenha sonhado uma lua de mel internacional com Martiniano. Em todo caso, eu a desafio a provar essa lorotagem.
Quanto ao fato de invejar Martiniano porque ele ajudou a levantar o ibope da rádio K. Entendo sua ilusão porque o amor é lindo e a emoção levada a alto grau de intensidade faz obscurecer a razão. O que deu visibilidade à emissora foi justamente o confronto de idéias entre eu e Martiniano. Tanto que eu continuei minha carreira e sou muito bem pago para atuar no rádio. Eu não vou entrar em detalhes sobre a contribuição de Martiniano para a derrocada da emissora porque isso daria um livro.
Concordo que Martiniano seja um homem de princípios ideológicos. Ele é respeitado por isso e meu questionamento foi pontual. Meu texto, embora em tom de censura, não o adjetiva de forma grosseira. Não teve achincalhe ou se prestou a uma tocaia. Foi a senhora que enxergou tudo isso porque viu o objeto de sua paixão ser questionado. È um fato notável que Martiniano não tenha um cargo público. Esse privilégio ficou todo por sua conta que se lambuza na empreitada.
Não aprovo, mas entendo que seu destempero foi compreensível. Eu também desopilo ódio e me transformo numa besta-fera quanto falam qualquer coisa negativa de meus filhos ou de minha esposa. Eu não sabia que reprovar seu ex-marido iria lhe doer tanto. Afinal não é tão comum. No arremate, muito obrigado por escolher o título “Contra Rosenwal” para encabeçar sua xingação. No dia que pessoas de sua índole estiverem a meu favor, deixo de atuar como jornalista profissional.
Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
Twitter: @rosenwalF
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