Artigos

Mães, a terceirização que destrói a nação

As transformações históricas que atropelaram a humanidade, principalmente com origens na barbárie das guerras e na ganância, jogaram as mulheres na moenda das jornadas duplas de trabalho, obrigando-as a se abster do exercício pleno da maternidade. Evidente que existem aspectos positivos nessa equação. O contingente feminino obteve independência econômica, se firmou com honra em todos os segmentos, conquistando espaços e direitos importantes. A mão de obra, do outrora sexo frágil, é imprescindível para a manutenção do equilíbrio econômico e riqueza das nações.

Entretanto, constata-se com perplexidade e ausência de soluções, que o preço que se paga por isso vai muito além das equações previsíveis. Sem uma genitora presente no cotidiano da infância, explodiu um ritmo de violência e criminalidade inimagináveis. Mesmo que a sociedade não admita claramente, psicólogos e estudiosos respeitados já admitem a estreita relação entre a ausência da mãe e os distúrbios de personalidade que lotam as cadeias e fazem do mundo uma babel de horrores.

Para suprir o carinho e a vigília materna, o governo tenta soluções em creches e escolas de tempo integral. Um paliativo que ajuda, mas não resolve. A árdua, paciente e zelosa função das mamães, impede uma terceirização com igual eficiência. Evidente que um abrigo organizado é uma das poucas soluções que amenizam a gravidade que consome o século vinte um.

Ainda existe o agravante dos filhos de avós, que se afogam na angústia de não poder ser uma coisa nem outra, e que geram milhares de seres humanos com ausência de limites e danosas distorções de caráter. A maioria das mulheres, mesmo que possam desejar, não tem condições de abandonar suas funções no mercado de trabalho para se dedicar ao lar. Mas se desdobram como podem.

É necessário despertar a consciência das almas femininas, que podem se dedicar integralmente aos filhos, para que entendam a importância desse gesto de grandeza. Muitas ainda se iludem imaginando que uma corrente de babás, ou um fabuloso complexo escolar, poderá suprir sua ausência. Não é verdade. Nada substitui a carinhosa intimidade e o pulso firme de uma mãe que merece essa denominação.

Vale lembrar, principalmente em vésperas de se comemorar o dia das mães, que a verdadeira essência dessa função vai além das obrigações de laços de DNA ou de gestação biológica. Tem a ver com os sentimentos puros e profundos que se libertam nos vales da sensibilidade feminina. Inegável que a importância das mães vai além, muito além, do comércio que se engasga no dia que nos lembramos de sua crucial finalidade. Que Deus as abençoe.

Rosenwal Ferreira, jornalista e publicitário
facebook/jornalistarosenwal
twitter: @rosenwalf
www.rosenwalferreira.com.br

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

Deixe seu Comentário

Clique aqui para comentar

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.