Política

Luis Ricardo Miranda trocou de celular e perdeu mensagens

O servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, que denunciou suspeitas de irregularidades na aquisição da vacina indiana Covaxin, afirmou à Polícia Federal que trocou o aparelho celular no qual recebeu as mensagens e as ligações que, segundo ele, representavam “pressão atípica” de seus superiores para liberar a importação do imunizante com inconsistências no processo.

As mensagens não ficaram salvas na nuvem e não foram espelhadas para o novo aparelho. As informações foram publicadas por O Globo e confirmadas pelo Estadão. Chefe da divisão de importação do ministério, Luis Ricardo prestou depoimento à polícia na semana passada, no inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro prevaricou ao ser comunicado sobre as supostas irregularidades na pasta.

Importação do ministério e cabia a ele viabilizar a burocracia necessária para que as vacinas pudessem ser embarcadas para o Brasil.

À polícia, ele afirmou que mantém todos os “prints” – “fotos” das conversas mantidas. Os irmãos Miranda afirmam que a troca de aparelho não enfraquece a denúncia que eles apresentaram porque as conversas foram encaminhadas ao deputado e a investigação pode avançar sobre os aparelhos das autoridades que exerceram a suposta pressão.

“Ele tem tudo. Inclusive, me disse que o delegado perguntou se aceitaria quebrar o sigilo dele por alguns dias. Ele disse que sim. Estão pautando vocês da imprensa com falsas informações para tentar induzir a opinião pública”, disse o deputado Luis Miranda”. “Não vamos recuar”.

Os irmãos Miranda afirmam que levaram ao presidente Jair Bolsonaro, em 20 de março, informações sobre supostas irregularidades no Ministério da Saúde. Em específico, com relação à compra da Covaxin, uma negociação intermediada pela Precisa Medicamentos.

Na oportunidade, o presidente teria garantido aos dois que acionaria a Polícia Federal para que as suspeitas fossem investigadas. O pedido de apuração não ocorreu e um inquérito só foi aberto meses depois, por causa do andamento dos trabalhos da CPI da Covid.

Entre os superiores que teriam pressionado Luis Ricardo a liberar a importação mesmo com inconsistências no processo, o ex-diretor de logística do ministério, Roberto Dias, e o ex-secretário-executivo da pasta, coronel Elcio Franco.

De acordo com o servidor, o documento que os chefes queriam que ele aprovasse continha pedido de pagamento antecipado a uma empresa que não constava do contrato, o que contrariava o acordo formal.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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