O Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos no início do pregão de hoje (20), com recuo de 1,67%, a 109.578 pontos perto das 10h12, horário de Brasília. Os mercados globais operam com cautela diante das preocupações fiscais envolvendo a incorporadora chinesa Evergrande, que possui uma dívida de US$ 300 bilhões. No Brasil, as atenções dos investidores se voltam para os dados fiscais do Boletim Focus, além de pautas econômicas importantes em Brasília.
Além disso, os investidores atuam em compasso de espera por decisões importantes nesta semana, já que governos no mundo todo têm reuniões de política monetária esta semana, dentre eles, o Federal Reserve, dos Estados Unidos, e o Branco Central do Brasil.
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Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, conta que no Brasil temos uma semana na qual é certo que teremos uma subida de juros na próxima quarta-feira (22), a chamada Super Quarta. “Será definida a taxa de juros de diversos países, no Brasil, a expectativa é se alta de pelo menos 1 ponto percentual, a gente sairia de 5,25%, para 6,25%.”
Nos indicadores, a projeção do mercado calculada pelo Boletim Focus trouxe expectativas de maior aperto monetário tanto em 2021 quanto em 2022. A pesquisa divulgada nesta segunda-feira mostrou que a estimativa para a alta do IPCA este ano disparou pela 24ª semana seguida e chegou a 8,35%, de 8,0% antes. Para 2022 o cálculo também aumentou, a 4,10%, de 4,03%.
Diante do forte cenário inflacionário, os especialistas consultados passaram a ver a taxa básica de juros em 8,25% ao final de 2021 e 8,50% em 2022, ante 8,0% para ambos os anos do levantamento anterior. Já a perspectiva para crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) este ano permaneceu em 5,04%, mas para 2022 caiu 0,09 ponto percentual, a 1,63%. Enquanto a estimativa para o dólar se manteve a R$ 5,20 ao fim deste ano.
Em Brasília, a PEC dos Precatórios, o aumento do IOF e o texto da MP do Auxílio Brasil seguem no radar do mercado como pontos importantes para o Orçamento do próximo ano.
Em meio à expectativa em torno da reunião de política monetária do Federal Reserve, além das incertezas sobre o endividamento da incorporadora Evergrande, da China, o dólar avança ante o real. Às 10h12, a divisa era negociada em alta de 0,85%, a R$ 5,3318.
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