O Ministério Público de Goiás informou que o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou na manhã desta sexta-feira, 21, a Operação Vendilhões, que apura irregularidades relacionadas à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).
A Afipe, criada em 2004, é uma associação sem fins lucrativos que levanta recursos para projetos pastorais do Santuário do Divino Pai Eterno. As doações recebidas são voltadas para a evangelização por meio da TV e para obras sociais.
Segundo informações do MPGO, a operação mira diretores da Afipe. A investigação do Gaeco originou-se com o encaminhamento, pelo Poder Judiciário, de cópia de inquérito policial, em que o presidente da Associação, após ser vítima de extorsão, utilizou-se indevidamente recursos provenientes das contas das associações que preside.
Os crimes apurados, até o momento, são os de organização criminosa, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal.
Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão na sede das Associações, empresas e residências em Goiânia e Trindade e também expedidos pelo Juízo da Vara de Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, em decisão da Juíza de Direito Placidina Pires.
Participam da operação 20 promotores de Justiça, 52 servidores do MP-GO, 4 delegados, 8 agentes da Polícia Civil e 61 policiais militares.
Relembre o caso
Em maço do ano passado, o juiz Ricardo Prata, da 8ª Vara Criminal de Goiânia, condenou cinco pessoas pela extorsão ao padre Robson de Oliveira Pereira. De acordo com a denúncia elaborada por promotores do Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GCEAP), eles extorquiram mais de R$ 2 milhões de padre, para que não divulgassem imagens e mensagens eletrônicas com informações pessoais, amorosas e profissionais que levassem a prejudicar sua imagem.
Segundo a denúncia, padre Robson chegou a transferir R$ 2 milhões das contas bancárias da Afipe para as contas bancárias indicadas pelos réus. Também foram realizados pagamentos de quantias que variaram de R$ 50 mil a R$ 700 mil, em espécie. Nestes casos, o dinheiro era deixado dentro de um veículo estacionado na porta do Condomínio Jardins Valência ou em uma caminhonete Hilux estacionada no Shopping Cerrado
fonte: Jornal Opçao
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