Internacional

Em reunião da ONU, China e Cuba culpam Estados Unidos por crise no Afeganistão

O encontro convocado pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) para essa terça-feira, 24, deixou evidente o racha na comunidade internacional. O objetivo da reunião era aprovar uma resolução para que o órgão pudesse investigar e monitorar o Talibã, grupo radical que controla atualmente o Afeganistão. A alta comissária da ONU para direitos humanos, Michelle Bachelet, disse que existem contradições nas atitudes do grupo fundamentalista que, ao tomar Cabul, havia afirmado que não quer vingança. Enquanto isso, a China acredita que o grupo tem evidenciado o interesse de formar um governo plural e com respeito aos direitos humanos. Por isso, Pequim não apoia qualquer meio de monitoramento. Para o professor de direito internacional da FMU, Manuel Furriela, era esperado um radicalismo por parte do Talibã, mas, até o momento, isso tem sido mais moderado. “A moderação proposta vai fazer com que eles sejam diferentes do que foram quando governaram de 1996 a 2001. Mas não podemos esperar que siga liberdades plenas, em respeito pleno aos direitos humanos.”

Os chineses criticaram ainda os governos dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália pelo caos no Afeganistão. Segundo o país, a ocupação militar com modelo de sociedade diferente da cultura local é a raiz da crise. O governo de Cuba acusou os norte-americanos de serem responsáveis pela atual situação do país. A subsecretária de Estado norte-americana Uzra Zeya, disse que a liberdade e a democracia conquistadas nos últimos 20 anos precisam ser mantidas. Ela pediu proteção à população afegã e defendeu que todos tenham o direito de cruzar as fronteiras do país. Por sua vez, o Brasil defendeu a criação de um mecanismo de investigação do Talibã. O Itamaraty alegou preocupação, especialmente com a situação de mulheres, ativistas e minorias religiosas. A Comissão de Direitos Humanos do Afeganistão acusou a comunidade internacional de estar falhando na proteção da população afegã.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

Deixe seu Comentário

Clique aqui para comentar

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.