Internacional

“Duas democracias que têm uma história com base na escravidão e na discriminação racial”, diz Obama

Direto de Washington, o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama concedeu entrevista ao programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, que foi ao ar na madrugada desta terça-feira, 17, como parte da estratégia de divulgação do seu primeiro livro de memórias. A obra intitulada “Uma terra prometida” trata da vida de Obama desde a infância, sua ascensão ao poder e dificuldades enfrentadas no comando dos EUA.

Na entrevista, Obama falou sobre o Brasil e fez comparações entre Donald Trump e Jair Bolsonaro, ao comentar que ambos desprezam a ciência. No entanto, pontua que o líder brasileiro terá uma oportunidade de redefinir relação com os EUA no governo de Joe Biden. Em sua obra, Obama cita o ex-presidente Lula, que é descrito como um líder cativante que tirou pessoas da pobreza, mas que teria “os escrúpulos de um chefão mafioso”.

O racismo e o desgaste da democracia também são temas centrais da obra. Nela, o ex-presidente aponta que a estratégia tomou forma com Sarah Palin, vice republicana em 2008, e foi exacerbada por Trump. Ao final, o Partido Republicano havia colocado em primeiro plano “a xenofobia, o anti-intelectualismo, as teorias conspiratórias paranoicas e a antipatia às pessoas negras e pardas”, com consequências duradouras para os EUA.

“Mas também é uma história pessoal de alguém que foi inspirado pelo movimento dos direitos civis nos EUA e que resolveu entrar no serviço público. Acho que representa a educação de um jovem na sua evolução para o cargo mais alto do seu país. E, finalmente, espero que sirva de inspiração para os jovens nos EUA, no Brasil e no mundo entenderem que também podem causar um impacto.”

O primeiro chefe de Estado negro dos Estados Unidos afirmou que acha que os EUA e o Brasil são muito parecidos. “Somos os dois maiores países do hemisfério, duas democracias que têm uma história com base na escravidão e na discriminação racial. Ambos têm dificuldade em superar as desigualdades, as injustiças do passado e olhar para o futuro. Quando estava na favela, eu senti uma afinidade em relação a muitas das crianças porque elas me lembraram das crianças de Chicago ou de Washington. Acho que o papel simbólico da minha Presidência foi importante”, afirmou. (Com informações de o Globo)

fonte: Jornal Opção

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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