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Dilma tem que ficar no cargo até o fim

Intragáveis repetições que lembram filmes classe “B” fazem a rotina da politiquice brasileira. Para quem possui memória curta, o PT, com todos os penduricalhos de Lula babando impropérios, azucrinou a vida de Fernando Henrique com o mantra “Fora FHC”. Transformado em vidraça, está sofrendo as agruras e recebendo o troco com os gritos que tentam expulsar Dilma Rousseff do trono do poder. Faz parte.

Evidente que Dilma cometeu estelionato eleitoral prometendo o que não podia cumprir e realizando o que jurou não fazer. A mulher é um poço de contradições, não tem as qualificações necessárias ao cargo, mentiu a granel e ainda por cima mantém um temperamento que azeda Deus e todo o mundo. Mas quem disse que esses defeitos não existem em administradores da oposição? Faz parte do jogo de enganações venderem falácias ao povão e em todos os recantos existem eleitos com temperamento podre. Nem por isso merecem ser afastados. O azar é do contribuinte, claro que é, mas compõe as boas lições da democracia.

Parecem existir poucas dúvidas que houve abuso do poder econômico nas eleições e que a turma no poder extrapolou nas chamadas “pedaladas fiscais.” Mesmo assim e daí? Mais uma vez tem que ser lembrado que essas diatribes não representam uma prerrogativa da auto-intitulada “presidenta”. Se fosse extirpar do comando políticos com esse perfil, iam sobrar poucos.

Dilma Rousseff, assim como o padrinho Lula, que procura sem nenhum sucesso se desvencilhar dela, urge permanecer com as agruras que alinhou. Deve amargar dissabores, comer o pão que o diabo amassou e corrigir erros. Foi eleita para tocar o barco. Agora tolera o tranco. A oposição pode, e claro que vai, soltar fogo pelas ventas, arrotar cobras e lagartos, mas jamais flertar com o rito democrático.

Os arautos do impeachment vão dizer que as provas são contundentes, que faz parte da legislação ordenar a iniciativa e que Dilma, assim como aconteceu com Collor, apodreceu no cargo. Para o bem da nação é melhor não confundir as duas coisas. Como a saída de um governante é um fato com tremenda octanagem política, e que às vezes tem pouco a ver com a legislação em si, é necessário cautela.

A saída de Collor fez um bem à nação. Provou a solidez das instituições e erradicou uma turma de larápios. A saída de Dilma, estou convicto disso, apenas explodiria um vulcão de problemas dividindo ainda mais a nação. Apeada do poder, por via de um parto fórceps, a esquerda raivosa encontraria motivos para incendiar as ruas do País. Alegaria golpe das elites, influência da CIA e todo o monte de merda que está acostumada a revirar. Essa fedentina seria uma péssima rima e nenhuma solução. Pobre do País se duvidar disso e tirar Dilma do poder. Anotem.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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