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Dilma só falta aprender a tocar harpa

     A despeito da opinião de todos os analistas, da gritaria dos companheiros de partido e dos puxões de orelha do mestre Lula que a colocou no trono do palácio, a presidente Dilma Rouseff finca os dentes exigindo tratamento de “Presidenta” e não arreda centímetros do jeitão arrogante que enterra o país no buraco. Poucas vezes se viu no poder, a não ser em nações ditatoriais, um chefe de Estado turrão como Dilma.

      Pesquisadores de boa lavra, entre eles psicólogos que entendem do riscado, enxergam uma personalidade distorcida, ora com ego inflado, ora com se afogando em complexos de inferioridade. Essa síndrome, bipolar ou ciclotímica, sei lá, faz a mulher insistir nos erros, ignorar conselhos e se manter irredutível na falta de bom juízo.

    Pelo menos num aspecto os brasileiros não podem reclamar: ela não enganou ninguém. Em nenhum momento nas eleições afirmou que iria mudar. Apesar das manchetes dos marqueteiros, sua voz foi de firmeza em torno do próprio eixo de ações. Para quem tem um mínimo de inteligência, ficou muito claro que ela faria um governo estilo “mais do mesmo”. Evidente que isso assusta os deuses do lulopetismo. Mesmo tendo foco apenas num projeto de poder e com escassa margem para uma estrutura de governo eficiente, os compadres percebem que o abismo está cada vez mais próximo. Não dá para continuar levando os assuntos econômicos na base do amadorismo e das concepções que se mostraram ineptas.

    O impasse abismal se remói na incapacidade de Dilma para aceitar profissionais que tenham capacidade e luz própria. Acostumada — na verdade mal acostumada — a dar broncas como se os auxiliares  fossem trêmulos recrutas de segunda linhagem, fica acuada imaginando parceiros capazes de ter um diálogo maduro e equilibrado. Sua preferência é por subalternos medíocres, cabisbaixos e sempre dispostos a dizer amém, estilo típico  de Guido Mantega.

     Indiferente ao próprio fracasso, que seu ego se recusa a enxergar, desopila mau humor, exala azedume e pouco se lixa com sua histórica ingratidão. Lula, num erro de cálculo que está custando caro ao partido, apostou que ela se curvaria aos fatos. Ledo engano, Dilma tem o amálgama do próprio vulcão num mundo ” dilmacêntrico”. Só falta aprender a tocar harpa e fazer como Nero enquanto Roma ardia em chamas.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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