O título acima eu roubei de uma tese que analisa o curto reinado de D. Maria l, primeira mulher a ocupar o mais alto cargo na corte de Portugal, mais conhecida como a Rainha Louca. Os historiadores ora discordam do apelido que, para o bem ou para o mal, fez dela uma figura singular nas enciclopédias, ora concordam vítima de seus arroubos de fúria incontrolável. Sentada no trono de um palácio versão tupiniquim, a Presidente Dilma Rousseff lembra a vida conturbada da extravagante monarca doidivanas.
Assim como a moça de sangue azul, Rousseff tem um passado de agruras fora do comum e, dizem alguns, que as sessões de tortura a que foi submetida deixaram sequelas e provocam reações de altíssima eletricidade. Conviver com seus azedumes não é tarefa para amadores.
Por essas e outras é que Dilma não escuta ninguém, possui ideias fixas que não abandona facilmente e acabou levando para um atoleiro imprevisível o PT, partido que a elegeu, e milhões de brasileiros que acreditaram nas suas mentiras.
Mas que ninguém diga que ela arrastou loucura sozinha, o PMDB, que agora lava as mãos como um Pilatos de mau-caráter, sabia que suas ações econômicas eram insanas, que seu modelo de populismo irresponsável fatalmente apareceria para cobrar a fatura e, mesmo assim, continuou apoiando. Está prestes a apear do cavalo porque que tem noção do tamanho do coice. Uma mistura de hipocrisia, ingratidão e oportunismo.
O que resta agora é uma incógnita na postura de Dilma Rousseff, considerando que ninguém duvida mais que ela tenha uma personalidade errática e sendo fato visível que de piedosa não possui nada.
Entra no campo do desconhecido, e até bizarro, o porquê de suas ações negativas que todos enxergam como erros crassos a levar a nação para o buraco. Somente pessoas com demência de análise deixam de perceber, por exemplo, que o acréscimo de impostos na folha de pagamento vai acelerar o desemprego, contribuindo para diminuir ainda mais a arrecadação e o padrão de vida dos brasileiros.
Somente algum quadrúpede que reza na cartilha de Levy, o cafetão dos banqueiros, ignora que não temos mais condições de arcar com aumento de impostos. A atual carga tributária é um assombro que afasta investimentos, eleva o custo Brasil tirando competitividade e joga boa parte dos empresários na clandestinidade. Mesmo assim, Dilma mantém em curso essa pasmaceira.
Se ela, a Presidenta, em suas próprias palavras subestimou os efeitos da crise, todos nós subestimamos sua incrível capacidade de cometer desatinos. Que a presidente é mentirosa, visto que estão documentadas todas as potocas que engendrou para ser eleita, isso já está patente. Mas o que ninguém podia prever é que ela adotaria todo o saco de maldades que imputou ao adversário, enforcando o País em tragédias administrativas.
Comprovou, como jamais poderia fazer o mais ferrenho dos adversários, que sempre foi uma farsa. A história de ser a mãe do PAC é uma falácia, sua fama de gerentona, um monumental engodo. Até os sindicatos, e semelhantes, pagos para defender o governo, o fazem como se estivessem prestando uma homenagem a Erasmo de Rotterdam. Um verdadeiro elogio da loucura. Ou seja: apoiam Dilma mas não seu projeto de governo. Como se as duas coisas pudessem ser dissociadas. Uma prova de que demência poder ser contagiosa. Na política, nem se fala.
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