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Defeitos de Iris e Marconi

É necessário lembrar, principalmente aos defensores raivosos, que as escaramuças miúdas que antecedem o embate eleitoral enojam o eleitor. Os defeitos de Iris e Marconi, prováveis adversários num pleito que eu batizo de mãe de todas as revanches, não são de interesse da coletividade. O que vai pesar na eleição é um balanço equilibrado das principais qualidades de líderes tenazes e carismáticos.

Qualquer cidadão medianamente bem informado sabe que não existe poder sem lixo. Quem se der ao trabalho de revirar entulhos vai sentir odores nem sempre agradáveis. Administrar é uma atividade que agrega desafeto e faz pisar em interesses contrariados. Quando não encontram defeitos nos rivais, os oponentes encontram fórmulas interessantes de inventar.

Portanto, sem hipocrisia, não é possível dizer que os dois políticos citados realizaram governos sem nenhum defeito. Questão de lógica afrolusotupiniquim: zona não é lugar de virgens. Fosse de nossa escolha, claro, políticos seriam imaculados. Mas não são. E mais: já se tornou canseira ver pipocar denúncias cabeludas próximas ao julgamento das urnas. O eleitorado já se acostumou com as manhas.

Entre esses dois representantes interessa saber qual deles é o mais competente. O empate nos defeitos é quase notícia certa. Quais são as qualidades específicas que podem levar Goiás ao progresso que o povo merece? Qual deles, eis uma questão crucial, é capaz de reunir a mais expressiva categoria de secretários? Bom governo se faz com gente competente.

Qual é a diferença de visão entre Iris e Marconi? Quem entre eles demonstra um norte capaz de convencer o eleitor? Onde estão os projetos sérios, nos detalhes a serem examinados, e que podem fazer diferença? Tanto Iris quanto Marconi devia beber numa fonte antiga e ao mesmo tempo atualíssima. O magnífico plano de Mauro Borges.

Mesmo que seja para uma, digamos assim, casta de eleitores, gostaria de ver projetos inteligentes. As pessoas cultas, que sabem enxergar além das jogadas de marketing que iludem o povão, estão órfãs de propostas concretas.

Porque não investir em ações que possam ser discutidas, avaliadas e aprimoradas? Basta de xingamento inútil que direciona a imprensa ao infrutífero. Por que não imprimir, a partir de uma iniciativa do Cerrado, um simpósio produtivo em torno da administração futura? Essa seria uma contribuição útil. Diferente do besteirol de sempre no estilo vamos ver quem é “mais feio, mais corrupto, mais indigno do que eu”. Chega!!!

Rosenwal Ferreira é jornalista e publicitário

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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