Num artigo duro e realista, publicado na Folha de São Paulo, a Senadora Marta Suplicy, soltou o verbo e falou verdades que se tornam um osso entalado na garganta de Dilma. Sem meio termo, a histórica petista alfinetou: “Se tivesse havido transparência na condução da economia no governo Dilma, dificilmente a presidente teria aprofundado os erros que nos trouxeram a esta situação de descalabro. Não estaríamos agora tendo de viver o aumento desmedido das tarifas, a volta do desemprego, a diminuição de direitos trabalhistas, a inflação, o aumento consecutivo dos juros, a falta de investimentos e o aumento de impostos, fazendo a vaca engasgar de tanto tossir”.
Acrescentou ainda que a “realidade não é nada rósea” como foi dito durante a campanha eleitoral, e que não há clareza sobre o que pensa a presidente. O conselho que se pode dar a Marta Suplicy é o mesmo que ela deu ao povo brasileiro quando se vivenciou caos nos aeroportos: “relaxa e goza, senadora.” A senhora está agindo como uma dondoca que deixou de ser convidada para um festa de arromba. Seu piti não convence ninguém, vá tossir noutra freguesia.
Essa moral de última hora é de uma hipocrisia ímpar. Vai dizer que não percebeu nada quando estava no governo? Só descobriu agora que Dilma é uma farsa administrativa? Sem essa! O tal descalabro, que realmente existe, foi urdido em quatro anos com desmando explícito, falta de planejamento, num colossal engodo avalizado por todos os que conviveram no útero do governo. A senhora ficou anos tomando champanhe palaciano e não abriu o bico.
Agora, repentinamente, percebe que estava tudo errado? Seria respeitoso se, ao perceber a falta de transparência tivesse largado o cargo e denunciado na tribuna. Não o fez por razões umbilicais. O seu amuo de ocasião é covarde até os ossos, principalmente porque solta cobras e lagartos justamente quando Dilma cria juízo e começa a fazer a coisa certa. Certamente vai conseguir seu intento e ser expulsa do PT. É de seu conhecimento que o partido não é de aceitar verdades indigestas, mas isso não lhe dá a moral politica que nunca teve. Na verdade, azar da sigla que aceitar sua filiação. Quem a batiza de perua, nunca conheceu uma cobra cascavel.
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