Os planos da faxineira Eliana Pimentel dos Santos, de 45 anos, para a construção da casa em Guaratiba, na zona oeste do Rio, tiveram de ser adiados por conta da inflação. A ideia era começar a erguer as paredes da nova casa de três quartos agora em julho, mas o dinheiro guardado para os vergalhões que sustentariam as colunas não foi suficiente para a compra orçada com antecedência. Com isso, o trabalho no terreno da família só poderá ser retomado em agosto.
“Mês passado, o ferro estava R$ 14 a vara. Este mês, está R$ 22, aumentou muito. A vendedora falou que, se você quiser comprar um material que custa R$ 20, tem de guardar R$ 40, porque está aumentando de um dia para o outro”, disse Eliana.
A alta de preços não está restrita aos vergalhões. O item referente a materiais e equipamentos de construção acumula uma alta recorde de 32,92% no período de 12 meses encerrado em junho segundo o INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção – Disponibilidade Interna), apurado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), o maior patamar desde o início do Plano Real. Já o INCC-DI completo, incluindo também preços de mão de obra e de serviços, registra uma alta de 17,34% no período – ainda assim, muito além da inflação oficial (8,35%).
Deixe seu Comentário