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Como escapar dos ratos?

Ainda que ingênuos e esperançosos ainda acreditem que é possível corrigir as imperdoáveis mazelas nacionais com soluções ideológicas, os fatos provam que somos todos reféns de ratazanas profissionais encasteladas em todos os espectros da política nacional. Por essas bandas, todo mundo deseja viver sugando o dinheiro “da viúva”. Não importa quem senta no trono do Planalto, quem “paga o pato” é o trabalhador que nunca está convidado a participar da orgia com o dinheiro do contribuinte.

Nenhum segmento está disposto a colaborar se não tirar um naco do poder. Somos, para todos os efeitos, um País de interesses umbilicais. Partidos considerados de direita babam na vontade explícita de ocupar ministérios e cargos públicos, sempre que possível em acordos de porteira fechada. Eles buscam apenas atender feudos particulares, tirar o máximo de proveito e, apenas por mero acaso, mas não como foco principal, contribuir com os bons destinos do eleitor.

Os partidos de esquerda, principalmente os raivosos sempre dispostos a travar o País, agem na mesma saga destrutiva, exigindo posições para atender interesses particulares. Notem que, recentemente, de um lado MST, UNE, CUT e similares, foram prestar solidariedade à Dilma exigindo cargos de primeiro escalão. Tudo assim: na lata, sem rodeios! De outro lado, a turma que já se esfrega no vice-presidente Temer que está com os dois pés na porta que abre mando e comando, também deseja tirar frutífero proveito do governo a ser instalado.

Difícil encontrar outro território com maior porcentual de ratos dando as cartas. As ações do juiz Sérgio Moro, que foi obrigado a enviar uma planilha que escancara o banditismo de mais de 330 políticos de 14 partidos, prova que somos reféns de uma quadrilha que está longe de ser desmantelada a contento.

Enquanto isso, nas ruas e nos bons restaurantes da nação, vítimas de um  sistema falido e viciado, tratam uns aos outros com agressões, xingamentos, cusparadas e outras bizarrices, mostrando que, numa dura realidade, somos todos farinha de um mesmo saco.

É um erro brutal imaginar que o inimigo está nas ruas. Nunca esteve! Ele se refastela em gabinetes refrigerados, locomove-se em automóveis luxuosos com gasolina custeada pelo operário, possui luxos, benesses e guarda-costas, patrocinados pelo suor do trabalhador, e nada lhe falta no café da manhã.

Triste sina! Porque não existe, nessas bandas, gente como José Mujica que até ficou amigo de muitos dos tubarões locais? Muito simples: porque aceitamos como natural a perpetuação de verdadeiros reis do pedaço. Especialistas em discursos vazios que desviam o foco do que realmente precisa ser modificado. E de bom grado, como se todo o Brasil sofresse de uma coletiva Síndrome de Estocolmo, defendemos os sequestradores de nossa cidadania plena. Sem meias palavras, é uma merda!

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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