Cidade Saúde

Com transmissão comunitária, Saúde aponta cuidados para volta às aulas

Com a transmissão comunitária da varíola dos macacos (monkeypox), os pais devem ficar atentos antes de levarem os filhos às escolas. Crianças com qualquer sintoma devem ir ao médico e não a uma unidade de ensino, aponta a superintendente de Vigilância Sanitária, Flúvia Amorim. Goiás já registrou 35 casos da doença confirmados, o que tem preocupado as autoridades com a possibilidade de um novo surto.

“Criança doente não vai para a escola. É a primeira orientação, não só para a varíola. Os pais devem levar ao médico para o diagnóstico correto”, pontua Flúvia. Segundo ela, neste período de férias, grande parte das famílias viajaram e tiveram contatos diversos. A orientação é que as pessoas fiquem atentas aos sintomas da doenças, principalmente lesões na pele. Contudo, também são: febre alta súbita, dor de cabeça, aparecimento de inflamação de linfonodos [ínguas] e mal-estar.

Para conter o avanço da doença no Estado, a Secretaria de Saúde do Estado (SES-GO) realiza uma série de medidas, como o monitoramento e vigilância dos casos e a inclusão da Monkeypox nas discussões permanentes do Comitê de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE).

Além disso, a pasta promoveu três grandes capacitações dirigidas a profissionais de saúde da rede pública e privada, para repassar os protocolos relativos ao manejo clínico, diagnóstico e conduta terapêutica, além das medidas de prevenção e controle.

Orientação aos professores

O presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Flávio de Castro, informa que tem mantido diálogo com a secretaria. O Conselho vai orientar os gestores das unidades educacionais a fazer esclarecimento acerca da doença para os professores. “A escola é um local privilegiado, onde o monitoramento é constante, o que ajuda a identificar esses casos.”

Segundo dados do boletim SES, Goiás aumentou de 2 para 35 casos confirmados de varíola dos macacos em 22 dias. A principal forma de transmissão é o contato de pele com pele. No caso, de uma pele com lesão com outra saudável. A superintendente alerta, ainda, que o momento é de conscientização e não de pânico. Trata-se de uma doença com baixa taxa de hospitalizações e letalidade no momento. “Mas precisamos estar preparados.” Segundo ela, o Estado já possui sete hospitais para atender pacientes com a doença.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a monkeypox como Emergência Mundial em Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). De acordo com o Ministério da Saúde (MS), todas as medidas necessárias para enfretamento da doença já estão sendo realizadas pelo SUS que mesmo antes do registro dos primeiros casos no País, estabeleceu fluxos de notificação, diagnóstico, assistência e instituiu as medidas de contenção e controle da doença.

Suspeitos

Após reunião no MS, a classificação de suspeitos para a monkeypox mudou. Anteriormente, era preciso que a pessoa tivesse apresentado os sintomas, além de contato com alguém que estivesse doente ou se deslocado a locais onde existe a doença. “Agora não precisa, só as lesões e os demais sintomas.”

No Brasil, já houve uma morte pela doença. O paciente era um homem de 41 anos com imunidade baixa e comorbidade que estava internado em um hospital de Belo Horizonte. Depois do óbito, o Ministério da Saúde encomendou 50 mil doses de vacina contra a doença. A expectativa é que elas comecem a chegar em setembro. Os grupos prioritários, explica Flúvia, serão definidos em documento do MS.

Sintomas

Os sintomas mais comuns podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão. Assim, há possibilidades de confundir a varíola dos macacos com uma gripe, por exemplo. Já as erupções cutâneas na pele passam por etapas. Em um primeiro momento podem parecer sífilis, ou varicela. Após a vermelhidão, elas ganham volume e foram-se bolhas. Por fim, criam cascas.

Tratamento

Ainda não há um tratamento específico para a varíola dos macacos, mas os quadros clínicos costumam ser leves. O risco de agravamento ocorre em pessoas imunossuprimidas com HIV/aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes e crianças com menos de 8 anos. (Especial para O Hoje).

 

Fonte – O Hoje

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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