O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com pouco mais de cem dias no comando da maior potência mundial, ao lado da China, deu o tom nesta manhã da retomada americana da liderança global perante ao desafio da mudança climática. “É nossa obrigação moral”, declarou Biden, acrescentando em seguida que também se trata de uma “obrigação econômica”. O encontro de líderes mundiais é uma iniciativa dos Estados Unidos, seguida por 40 nações ao redor do mundo e prepara o encontro de Glasgow, em novembro deste ano.
O esforço por recuperar a liderança no tema incluíu estabelecer a mais ousada meta americana até aqui. Biden prometeu em sua fala de abertura reduzir em 50% as emissões de CO2 até o final da década. Desta forma, se aproxima do dobro da meta projetada pelo ex-presidente Obama para 2025 – o que recoloca os Estados Unidos na liderança do esforço mundial e recupera o intervalo ocorrido durando o governo de Donald Trump, que abandonou o protocolo de Paris em 2016.
Para efeito de comparação, “a meta fixada pelo Brasil é manter as emissões líquidas atuais em 2030, emitindo 400 milhões de toneladas a mais que a meta anterior”, de acordo com o Observatório do Clima.
A participação do líder chinês, Xi Jinping, ficou aquém do esperado. O ditador, à frente da nação que é atualmente o maior poluidor do planeta, campeão em emissão de CO2, não estabeleceu uma meta clara de redução de poluentes. Mas declarou que a China colaborará com a redução de carvão.
A Índia não apresentou novidades em sua manifestação e desapontou observadores do evento mundial promovido pelos Estados Unidos. Narendra Modi apenas reafirmou o compromisso de 450 GW de energia renovável, ressaltando que o país é pobre e precisa manter parâmetros de desenvolvimento.
Fonte: R7
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