O rei Pepino nasceu em 714 na cidade de Jupille, onde hoje fica Liège, na Bélgica. Entrou para a história não apenas por conta do nome curioso, mas por ter sido o homem que fez os carolíngios de fato assumirem o poder dos francos, com apoio do Papa Zacarias. Mas por que “Pepino, o Breve”? Pepino era mesmo o nome do monarca. Foi dado por seu pai, Carlos Martel. Quanto ao “Breve”, trata-se de uma alusão à sua baixa estatura. Embora não haja uma informação oficial a respeito de sua altura, ele era considerado baixo para os padrões reais da época.
Eterno candidato à presidência da República, o fermentado Ciro Gomes me fez recordar o soberano de nome tão peculiar. Evidente que o moço de retórica fluente possui uma estatura que pode até ser considerada acima da média dos nordestinos. Não se trata disso. O que ele tem de breve é sua permanência nos partidos políticos. Oportunista, que se justifica com um discurso fácil de quem lustrou a oratória em Haward e nas experiências de poder, já mudou de agremiação sete vezes.
Raposa de pelo lustrado nas benesses da alta sociedade, sabe esconder como poucos sua origens numa casta de burgueses nordestinos. Língua afiada como uma metralhadora, dispara com desenvoltura ácidas críticas em todos os quadrantes. Não se furta de colocar, com o aditivo da cretinice política, FHC e Lula no mesmo balaio.
Com um verbo fácil, capaz de enganar e convencer tanto a esquerda caviar quanto a direita brucutu, acaba sendo um pepino, ou abacaxi, que só os íntimos e corajosos podem avaliar. Vítimas de sua têmpera ruidosa, que pode descambar fácil para a intimidação violenta, podem contar em prosa, e poucos versos, o que significa discordar do clã Gomes.
Já em campanha pelo País, acredita que seu momento é esse. Mantendo-se à margem da babel de corrupção que afeta Deus e todo o mundo, pode vender seu peixe sem que alguém seja capaz de alertar para sua verve de mercador de ilusões
Deixe seu Comentário