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Cidades isoladas, comércio fechado, presos liberados: veja medidas contra o coronavírus adotadas por outros países

O surto mundial de coronavírus – classificado como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta quarta-feira (12) – fez governos de outros países tomarem algumas das medidas mais radicais já vistas em tempos recentes para conter a disseminação de uma doença. No mundo todo, a Covid-19 já matou mais de 4,5 mil pessoas.

Especialistas explicam que, num cenário como esse, ações extremas são justificáveis. O principal objetivo, segundo eles, é controlar a velocidade com que o vírus se espalha.

Em um relatório divulgado nesta terça-feira (10) sobre a situação da pandemia, a OMS defendeu que “a restrição de deslocamento das pessoas deve ser proporcional ao risco à saúde pública, de curta duração e periodicamente revisada ao passo em que mais informações sobre o vírus, a epidemiologia da doença e características clínicas se tornam disponíveis”.

A Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, é leve na maior parte das vezesmas se espalha muito rapidamente. Dessa forma, o número de casos graves da doença, ainda que limitado, é capaz de levar ao colapso o sistema de saúde de um país.

“A gente não classifica a Itália como um país cujo sistema de saúde é frágil”, afirma Margaret Harris, porta-voz da OMS. “E, no entanto, o sistema de saúde deles foi sobrecarregado. Isso mostra como que mesmo um bom sistema de saúde pode ser sobrecarregado rapidamente.”

Especialistas apontam para a importância de se adotar medidas para que a doença se alastre com menor velocidade, uma vez que leitos de UTI e equipamentos básicos, como respiradores artificiais, são limitados.

No Twitter, foi criada uma campanha batizada de #FlattenTheCurve (algo como “achatar a curva”), em referência ao gráfico que mostra a disseminação da doença (veja abaixo).

Brasil sem medida em larga escala

No Brasil, até a última atualização desta reportagem, nenhuma medida havia sido tomada em larga escala para conter a disseminação do vírus em âmbito nacional.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decretou a suspensão das aulas na rede pública e privada por cinco dias. A medida foi criticada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Os quatro países mais afetados

G1 listou as principais medidas tomadas pelos quatro países mais afetados pelo coronavírus em número de casos registrados: ChinaItáliaIrã e Coreia do Sul.

Juntos, eles concentram 90,35% dos registros feitos desde o início da epidemia. Mas a doença tem se espalhado rapidamente – um levantamento do G1 mostra que metade dos países com coronavírus notificou o 1º caso apenas em março.

Dos quatro países, todos cancelaram as aulas em escolas e faculdades. Três também chegaram a restringir, em ao menos uma área, o deslocamento entre regiões.

A exceção é a Coreia do Sul, que adotou o monitoramento ostensivo de casos suspeitos e de pessoas próximas. As autoridades usam imagens de câmeras de vigilância e até dados do uso do cartão de crédito para saber por onde passaram os contaminados.

Mudanças na jornada de trabalho também são comuns nos países mais afetados: houve paralisações parciais ou totais em fábricas; a Coreia do Sul incentivou empresas a adotar home office ou escalas emergenciais, financiando pequenas e médias empresas que pudessem ter problemas com a medida.

Veja algumas das principais medidas tomadas por esses países:

China

Itália

Irã

  • Formação de 300 mil equipes de monitoramento do surto de porta em porta.
  • Restrição de deslocamento entre províncias.
  • Libertação temporária de mais de 70 mil presos.
  • Cancelamento de eventos públicos, incluindo o Ano Novo, comemorado no fim de março.
  • Cancelamentos de aulas em escolas e faculdades.
  • Redução da jornada de trabalho.

Coreia do Sul rastreia casos suspeitos

  • Adoção de testes em massa da população. Os parentes de todas as pessoas contaminadas são procurados sistematicamente para que façam testes.
  • Rastreamento de pacientes suspeitos por meio de imagens de videovigilância, uso do cartão de crédito ou de telefone celular.
  • Envio de SMS à população quando um novo caso é confirmado na área.
  • Fechamento de escolas e faculdades.
  • Incentivos para que empresas, incluindo pequenas e médias, deixem os funcionários trabalhando de casa ou em horários flexíveis.
  • Limpeza e desinfecção de algumas das principais estações de metrô.

EUA restringiram viagens

As medidas, que passam a valer nesta sexta-feira (13), incluem a proibição de entrada em território americano de todos os estrangeiros que estiveram nos 26 países europeus da chamada Zona Schengen — área de livre circulação de pessoas no continente.

Nesta quinta, vários estados americanos impuseram medidas restritivas duras. O estado de Nova York proibiu reuniões com mais de 500 pessoas. Com a regra, espetáculos da Broadway ficarão cancelados.

Fonte: Agência Brasil 

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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