O plenário da Câmara rejeitou na sessão desta quarta-feira (12), por 16 votos contrários e cinco favoráveis e uma abstenção, o projeto de lei da vereadora Tatiana Lemos (PC do B), que estava em segunda votação, pela criação do Conselho Municipal dos Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). O plenário já havia rejeitado o pedido de vista ao projeto.
Com a derrubada da proposta, e aplausos de pessoas que acompanhavam o resultado, Tatiana Lemos disse que se sentia triste com a postura da casa. “Trata-se apenas de um conselho consultivo, para que as pessoas possam se reunir e pensar políticas públicas contra a homofobia. É lamentável que haja uma luta para que as pessoas sejam impedidas de pensar. A não aprovação do projeto é um retrocesso e me sinto envergonhada com isso”, desabafou.
“Sou totalmente favorável a esse projeto. É uma proposta que fortalece as ações destinadas a assegurar o respeito básico de grupos sociais profundamente discriminados. Também lamento a derrubada do projeto, pois entendo que cabe ao vereador legislar e atuar na defesa dos direitos de todos, sem distinção”, completou a vereadora Cristina Lopes (PSDB).
Favoráveis
Paulo Magalhães (PSD), que votou contra o projeto, justificou que seu posicionamento se deve à condição de “respeito à família, à religião. Não tenho nada pessoal contra o LGBT, mas acho que esse projeto é um retrocesso. Ademais, essa gente já têm direitos assegurados em nossa Constituição”.
O vereador Sargento Novandir (PTN) afirmou votou contra o projeto “por ser evangélico. Ficou difícil votar a favor dessa classe de gente”.
Já o vereador GCM Romário Policarpo (PTC) explicou o voto contrário dizendo que “sou negro. Sofro preconceito o tempo todo, de todo tipo. Acho que o projeto deveria ter sido mais amplo. Ou seja, observando essa questão do preconceito contra o negro”. Fonte: Jornal O Hoje
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