Saúde

Brasil tem menor ocupação de leitos de UTI desde outubro de 2020

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou, nesta quarta-feira (11), um boletim especial do Observatório Covid-19 em que aponta que, pela primeira vez desde outubro de 2020, nenhum dos 26 Estados e Distrito Federal apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI para covid-19 para adultos no SUS (Sistema Único de Saúde) iguais ou superiores a 80%.

Outro dado importante na comparação ao mês referido, é que existem menos Estados na situação de atenção do que no ano passado. São cinco estados na zona de alerta intermediária (com taxas entre 60% e 80%), sendo que dois deles se devem pela redução de leitos destinados à covid-19. Os dados, obtidos na segunda-feira (9), indicam que se trata do melhor cenário desde que o Observatório passou a acompanhar esse índice, em julho de 2020.

Os pesquisadores da Fiocruz associam o cenário ao avanço da vacinação no Brasil, mas a atenção deve ser mantida, já que os números de novos casos e de mortes continuam altos. “Considerando que ainda são altos os níveis de transmissão de casos e óbitos, a vacinação deve ser ampliada e acelerada, além de combinada com o uso de máscaras e distanciamento físico, para manutenção e avanços nos resultados”, apontou o documento.

Mato Grosso e de Goiás registraram as maiores taxas de ocupação, com 79% e 78% dos leitos de UTI para adultos destinados à covid-19 ocupados, respectivamente. Enquanto 14 Estados apresentam taxas inferiores a 50%.

O Rio de Janeiro, que concentra o maior número de casos da variante Delta no país, apresentou crescimento do indicador nas últimas duas semana e tem 67% dos leitos ocupados.

Em relação às capitais, a cidade do Rio de Janeiro (97%) e Goiânia (92%) são as mais preocupantes, mantendo taxas muito críticas há semanas.

O relatório observa, ainda, que a melhora nas taxas de ocupação de leitos acontece ao mesmo tempo de uma redução significativa dos leitos de covid-19 no Distrito Federal e em muitos Estados. “Apesar de menos leitos estarem disponíveis, as taxas de ocupação seguem em declínio”, explicam os cientistas.

Além da queda de internações, foi constatado que o número de mortes sofreu queda de 1,1% em relação à semana anterior. A incidência de novos casos diminuiu 0,8% por dia.  A diferença entre a velocidade na queda da mortalidade e a incidência de casos é atribuída à vacinação, com a infecção produzindo menor impacto sobre hospitalizações e óbitos. Como consequência, de acordo com o estudo, foi observada uma pequena redução da letalidade, agora em 2,7%.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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