O Brasil precisa priorizar o combate às desigualdades regionais se quiser alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), ligados diretamente à criança e ao adolescente, indica estudo divulgado hoje (25) pela Fundação Abrinq, no Rio de Janeiro.
No balanço geral, o Brasil cumpriu sete dos oito Objetivos do Milênio, voltados para os países em desenvolvimento, com exceção da meta de redução da mortalidade materna.
A administradora executiva da Abrinq, Heloisa Oliveira, ressaltou que, apesar dos avanços na última década, há regiões do país e grupos sociais cujos dados apontam extrema desigualdade. Para que os objetivos traçados para 2030 sejam cumpridos, todos os grupos sociais e regiões do país precisam estar incluídos nas metas.
“Nossas estatísticas são boas, mas muitos dados precisam ser desagregados. Vivemos em um país extremamente desigual. Olhando a média nacional dá para pensar que alguns indicadores estão bons, mas precisamos olhar para as diferentes realidades brasileiras para enxergar onde estão os desafios”, afirmou Heloisa.
Em relação à mortalidade infantil, apesar de uma progressiva melhora nos indicadores, em 2015, para mil nascidos vivos, 14,3 morreram, pouco mais da metade da taxa do ano 2000 (30,1 por mil nascidos vivos). Já os óbitos entre menores de um ano ficaram em 12,4, para mil nascidos vivos, no mesmo período (a taxa era de 26,1 por mil nascidos vivos em 2000).
O Brasil conseguiu sair do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em 2014. A pobreza na infância foi prioridade das ações governamentais com a criação do Programa Brasil Carinhoso e a mudança nos critérios do Programa Bolsa Família. Fonte: O Hoje
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