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Após reajuste no combustível, caminhoneiros sinalizam para greve dia 1º

Devido ao novo aumento no preço do combustível, representantes dos caminhoneiros de Goiás devem se reunir amanhã (28), em Brasília, para deliberar sobre a possível paralisação da categoria no dia 1º de novembro. Os profissionais já estavam insatisfeitos e foram surpreendidos com um novo aumento de 9% no preço do diesel está semana.

Segundo o diretor do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas (Sinditac-GO), Jaci Souza, o encontro deve contar com a participação de representantes de diversos estados. A categoria tenta negociação com o Governo Federal. A paralisação é tida como certa, caso não haja acordo.

Jaci destaca que os caminhoneiros já esperavam o aumento, porém enxergam a situação com desaprovação. “Estamos com o ‘couro amaciado’. Vivemos na expectativa de aumento sempre. Dessa vez a alta foi muito forte. No ano, o aumento já é de 60%”, afirmou. Com relação ao auxílio-diesel de R$ 400 mensal, o diretor do Sinditac afirma que é uma proposta fraca. “Esse auxílio só pode ser brincadeira. R$ 400 não dá nem 100 litros de diesel. Não é esse o caminho”.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado (Sindiposto-GO), Márcio Andrade, afirma que, até o momento, não houve nenhum impacto nos postos. “Em termos de aumento de procura, não tenho essa informação que houve aumento por parte do consumidor”, afirma.

Paralisação

Na última segunda-feira (25), a Petrobras divulgou um novo reajuste no preço do diesel e da gasolina. O primeiro sofreu alta de 9% e o segundo de 7%. Conforme explicou a Petrobras, os aumentos são reflexo da elevação das cotações internacionais do petróleo e da taxa de câmbio.

Na terça-feira (26), o litro de gasolina começou a ser vendida pelas refinarias da Petrobras no valor de R$ 3,19, ou R$ 0,21 acima do vigente atualmente. Já o litro do diesel sai por R$ 3,34, alta de R$ 0,28. Trata-se do segundo reajuste dos dois produtos em menos de um mês.

Em alguns postos da Capital, os condutores formaram filas imensas para abastecer no início da noite de segunda. Com o combustível vendido com preço antigo que varia de R$ 6,69 e R$ 6,89, os motoristas aproveitaram para encher o tanque. Já em outros postos, o combustível já estava sendo vendido a R$ 7,27, a exemplo de um que fica localizado na 4ª Radial, no Setor Pedro Ludovico.

Base de cálculo

A base de cálculo do preço gasolina aumentou. Márcio explica que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) utiliza a mesma alíquota de 2016, porém tem por referência preço médio ponderado final (o preço que está na bomba do posto a cada 15 dias), a base de cálculo aumentou.  “30% de R$ 4 não é o mesmo de 30% de R$ 6”, explica. Por isso, a receita do Estado aumentou com a variação do preço final do combustível.

Mesmo assim, ele não acredita que o ICMS seja o motivo do preço estar tão alto. “O que motivou o aumento é Petrobras ao adotar uma política de acompanhar o mercado internacional. Estamos ganhando em real e pagando em dólar”, ressalta.

Benefício próprio

O presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, afirma que a elevação no valor favorece apenas os acionistas da empresa. Ele também alerta que a paralisação para o dia 1º de novembro terá ainda mais apoio da categoria.

O Governo Federal havia sinalizado a realização de um diálogo com lideranças dos caminhoneiros para tratar os motivos da greve, mas foi desmarcada. A expectativa é de que a falta de diálogo e o aumento no preço dos combustíveis aumente o número de apoiadores ao movimento.

Presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, o deputado bolsonarista Nereu Crispim (PSL-RS), está entre os aliados do presidente que têm se decepcionado com a condução do País. Ele ressalta que os caminhoneiros não pretendem conversar com o ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, o principal interlocutor da categoria até o momento. “Ele está empurrando tudo com a barriga há três anos. Chega”, afirma Crispim.

O HOJE

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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