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Absurda crueldade com o povo goiano

A criação do horário de verão, batizado como DST (Daylight Saving Time), foi idealizado por Benjamim Franklin em 1784. Segundo as más línguas da época, o cientista planejou a reengenharia de horários como pano de fundo para economizar parafina, mas sua intenção era divulgar a indústria de velas da família. O Brasil é a única nação equatorial a adotar a bestialidade. A aporrinhação deixou de ser adotada durante 18 anos – mais precisamente entre 1966 e 1985 – e não fez a menor diferença aos destinos econômicos da nação brasileira.

Se o regime militar – que adotou linha dura para impedir que fosse implantada uma ditadura comunista no País – extinguiu a bobice respeitando o cidadão, o mesmo não aconteceu com os representantes eleitos democraticamente. Todos os deuses do planalto, imperador José Sarney, tresloucado Fernando Collor, verborrágico Fernando Henrique Cardoso e o messiânico Lula se lixaram aos eleitores perpetuando uma inutilidade.

Na época em que foi governador da Bahia, Antonio Carlos Magalhães, que pode ser acusado de tudo menos de covardia, mandou às favas os ditames da federação e exigiu que o Estado nordestino fosse deixado de fora da lambança. O que muitos estudos já comprovaram, e os principelhos de Brasília fazem questão de ignorar, é que o adiantamento dos ponteiros provoca um emaranhado de prejuízos.

Os benefícios com a pífia economia alcançada – com muita boa vontade mal chega a 4% em Goiás – representam uma miséria frente aos danos causados à população. O relógio biológico entra em parafuso, contribuindo com múltiplas enfermidades, a produtividade cai de forma sensível, crianças e adolescentes assistem aulas com sono e são muitas as desvantagens.

Apesar do apelo e das comprovações estatísticas de cientistas, administradores e políticos, nada sensibiliza os donos do poder. O deputado Luiz Bittencourt, apenas para citar um bom exemplo entre os opositores da insanidade do horário de verão, já se cansou de qualificar argumentos contrários à perpetuação da maldade.

Os que sofrem com a medida, justamente a população mais carente que se arrasta na base da pirâmide social e que não mantém alternativas para chegar mais tarde ao emprego, resta a esperança de alguém com bagos para enfrentar o governo federal. Chega de sofrimento em nome de uma hipocrisia. Desejando economizar, que o façam estabelecendo parâmetros decentes de honestidade.

Não é pedir muito a quem realiza farras inomináveis com o dinheiro público. Já nos basta ter que engolir dólares na cueca, mensalões, mordomias e outras mazelas. Que respeitam, ao menos pelo amor de Deus, o cotidiano de nossos relógios. Que as intromissões fiquem apenas no âmbito do assalto aos cofres públicos. Chega de investidas capazes de roubar até o horário do cidadão. Chega!

Rosenwal Ferreira é jornalista e publicitário

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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