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A OAB não merece uma desonrosa chicana

Não tenho legitimidade para julgar nenhuma das associações que lutam pelo poder na OAB de Goiás. Não sou advogado. O meu olhar é de um estrangeiro com muitos amigos, boas relações e frutífero respeito pela entidade. O que conheço da Ordem é fruto de entrevistas qualificadas, informações privilegiadas e análises como jornalista profissional. Considero o papel da OAB não só importante, como imprescindível ao equilíbrio da justiça e da democracia em terras do Cerrado.

Sobretudo considerando que poucas entidades, incluindo a própria imprensa, podem atuar com a isenção ideal. É fato, até para os que não pertencem diretamente ao ramo, que os partidários da OAB Forte, com destaque à gestão do Dr. Felicíssimo Sena, conseguiram notável progresso, avanços consideráveis, colocando a seção de Goiás em destaque nacional. Foi isso, e não outras questões menores, que permitiram sucessivas reeleições da chapa. Um grupo que parecia imbatível até o último pleito.

Contudo, por razões de um desgaste natural, desejo de mudanças e até por entender que perpetuação no poder não é algo produtivo, uma galera diferente, motivada por um líder carismático e com um discurso de oposição que agradou – Lúcio Flávio Paiva – obteve uma vitória incontestável. Foi uma decisão democrática, de acordo com regras claras e definidas. É necessário respeitar o desejo dos advogados. A recente tentativa de impugnar as eleições é um erro que não se justifica. Uma chicana que não interessa aos bons destinos da OAB-GO. É até possível que as firulas jurídicas justifiquem a empreitada.

Mas, a troco de quê? Mais desgaste? Com que propósito? Apenas criar embaraços? Não me parece uma estratégia digna da ética de gente séria envolvida na Os que se dignaram ao propósito foram incautos e infelizes. Não me parece plausível, até me atrevo a antecipar resultados piores, que uma nova eleição tenha resultados diferentes. Com que ânimo os derrotados iriam fazer campanha? Estou convicto de que todos os postulantes são pessoas da mais alta relevância e qualificação. Ganhou um deles. E daí? É de se agir nos moldes da politiquice tradicional? Aquela que se condena por tentar azarar a vida de quem assume, apenas como uma vendeta dos derrotados? Inglório.

Torço para que na publicação deste artigo tenha prevalecido o resultado das urnas. E que os advogados possam se unir em prol de benefícios de interesse geral. Sem ardis e manobras indesejáveis. Até como lição aos que não sabem aceitar derrotas. Três anos passam rápido. Jogadas que corrompem a razão permanecem para sempre.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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