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A Jararaca de moral frouxa

Como tenho origens na zona rural, sou um brasileiro que padece de uma espécie de banzo crônico, saudoso dos bons tempos na modesta gleba de terras de meu pai, Alan Kardec Ferreira, nos arredores da então bucólica cidade de Rio Verde. Esse passado campesino torna difícil entender a função das cobras no contexto do equilíbrio ecológico. Confesso minha ignorância, e meus crimes já prescritos, na morte de répteis que surgiram nas trilhas da pindaíba. À época, não era por maldade, mas instinto de sobrevivência. Acompanhei muitos casos de quem sofreu amputações de braços ou pernas ou morreram vítimas do implacável veneno.

Com essa explicação fica mais fácil de entender porque o apelido de Lula, que ele mesmo faz questão de alimentar, aumenta o meu asco por essa controvertida figura que divide o País entre os que o odeiam e os que o amam de paixão. Mesmo sendo um verborrágico destrambelhado, Ciro Gomes prestou um serviço aos biógrafos de Lula, classificando o petista como um político que governou a nação com “moral frouxa”.

No desdobramento, Lula é uma “Jararaca de moral frouxa”. Isso em nada reduz o veneno de suas ações. O acadêmico britânico Richard Bourne, autor do livro “Lula of Brazil; The Story so far” (Lula do Brasil; a história até agora) mesmo tendo acompanhado e elogiado Lula em ocasiões pontuais, faz um diagnóstico isento, com base nos fatos, concluindo que Lula foi “conivente com o sistema corrupto”, e que em “determinado momento ele pode ter se sentido invulnerável.”

Eu vou além, a vaidade de Lula, numa fogueira com labaredas avivadas no convívio de puxa-sacos profissionais, o faz imaginar que sua verve populista poderá não só o proteger impedindo a punição de seus crimes, como permitir que ele possa levitar acima das leis na nação.

A comparação de Luiz Inácio com um ofídio peçonhento é perfeita. Ele é, de fato com DNA que comprova isso, uma cobra criada. Capaz de hipnotizar suas presas e, na maior cara de pau, dizer o que lhe interessa ao sabor de interesses umbilicais. Ora xinga Sarney e Maluf, ora se une a eles na hipocrisia de sorrisos generosos.

Quem é Lula? Ninguém há de saber ao certo. Um herói sem caráter dá satisfações apenas ao seu próprio ego. Ele não é apenas uma metamorfose ambulante, é o mais grotesco amálgama dos defeitos afrolusotupiniquins. Mestre na arte da embromação, acredita que pode chegar onde bem entender.

O lulopetismo vai além de ser um partido político. Transformou-se em uma seita, coesa na doutrina de um messias. O mito Lula causará danos, rupturas e confrontos sociais que vão permanecer, causando estragos e prejuízos, décadas após sua morte. Anotem.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

1 Comentário

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  • Excelente reportagem sobre Lula: “cobra criada”. Comungo com seu pensamento. Parabéns
    Lêda Maria – Goiania-Go