O maior flagelo da nação brasileira, um entrave que segura o progresso, elimina empregos e perpetua distorções históricas, é a insuportável carga tributária. O Brasil mantém, num misto de ignorância, má fé e irresponsabilidade, a mais abusiva carga tributária do planeta, de longe a mais injusta e mal aplicada.
O pior é que, mesmo estando no fundo do poço nesse item, ainda surgem ideias para aumentar mais ainda um confisco que asfixia empresas e trabalhadores. Recentemente, num surto de loucura muito comum, Henrique Meirelles rasgou fundo com o acréscimo na gasolina e derivados. Comprovando que a sede do governo não tem limites, semanas depois sugeriu uma paulada no imposto de renda. Temer, já acuado e que só não caiu por ausência de alternativas, recuou porque viu que era um fósforo riscado no palheiro seco.
Sem criatividade, e insensíveis como nunca, os políticos e administradores só pensam em arrecadar. Sequer agem com um mínimo de inteligência para notar que menos pode significar mais. Se a carga diminui, sem a necessidade de sonegar e inserindo todos no amálgama de contribuintes, o bolo cresce. A medida já foi provada e comprovada em outros países.
A maioria das onerações, sempre no espirro do improviso e com a pretensão de tapar rombos, é desumana. Vejam, por exemplo, em Goiás, o acréscimo no imposto sobre herança dobrando a contribuição. Essa medida, que está arruinando órfãos e deixando famílias em desespero, coloca muita gente sem alternativa a não ser perder suado patrimônio conseguido em décadas de trabalho árduo.
Se alguém acha que o Estado ganha com isso se engana. Todos perdem na estrutura que sustenta a frágil teia econômica. Uma família em desalinho provoca demissões em cascata. Mas os políticos, regiamente pagos com salários acima da média, se lixam aos dramas do povão.
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