Como excelente médico, o Senador Ronaldo Caiado sabe a diferença entre o bom e o mau colesterol. O LDL é cão para o sistema cardíaco e, se não for controlado, o cidadão corre o risco de bater as botas e deixar uma viúva jovem chorando por ele. O HDL é como se fosse uma taça de vinho de uvas nobres, que ajuda a tocar a vida com mais saúde e alegria.
Certa ala do PMDB, num ritmo forçado e nebuloso, tem optado por desconhecer a excelente conjuntura da política nacional que torna Ronaldo Caiado um fortíssimo candidato ao trono do Palácio das Esmeraldas.
Se não bastasse a reconhecida coerência do Senador, seu carisma pessoal, sua luz própria que mantém seguidores fiéis, a nação clama por líderes que não participaram de corrupção, que representam um viés de centro direita e, sobretudo em Estados com raízes no agronegócio, que se mostram capazes de enfrentar movimentos como MST, CUT e outros penduricalhos notadamente defensores de regimes falidos como o que surrou a Venezuela.
Nem urge ser um especialista em análise conjuntural para deduzir que esta é a chuva perfeita para Ronaldo irrigar a lavoura. Eis que, neste cenário favorável, os opositores, mesmo no poderoso MDB, se diluem no fluxo sanguíneo do mau colesterol.
No duro. Será que Ronaldo fica menor sem eles? Terá menos brilho? Será analisado, pelo eleitor, com menor potencial? Não acredito! Evidente, como já foi amplamente alardeado, terá que enfrentar dois caciques com balas na agulha. Mas anotem, a artilharia não vai ser na base do massacre. E nem pode!
Iris Rezende se atola, até no sentido literal, numa cidade que vasa água em todos os bairros. Tem como meta principal eleger a esposa, não derrotar Caiado. O jogador Marconi Perillo, que sai do governo em excelente posição, não ousa defender a rainha, mas está no tabuleiro para cacifar uma projeção nacional e se eleger. Levar Ronaldo ao nocaute entra no rol do torcedor vigoroso, firme nas intenções, mas fora do ringue. Usará a estratégia que lhe interessa.
Eis o cenário atual. Os doutores em política vão dizer que não cabe a ninguém prever quem pode vencer uma batalha orgânica entre o bom e o mau colesterol. Mas é de se concordar que um médico tem maiores chances de cuidar para que diagnósticos sejam favoráveis e mais previsíveis. Pois é.
Rosenwal Ferreira é Jornalista, publicitário e terapeuta trans-pessoal
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