A Bíblia tem muito a dizer sobre o medo. Na verdade, ela menciona dois tipos. O primeiro é benéfico e deve ser encorajado. O segundo é uma espécie de mau colesterol e não só deve ser desencorajado, como também superado. O primeiro DNA do medo é o temor de Deus. Ele não deve ser combatido, urge ser reverenciado. É o que se pode classificar como um temor respeitoso; uma reverência pelo poder e glória do criador. Esse tipo de medo também é um respeito adequado à ira de Deus.
Muito embora o Deputado Jair Bolsonaro faça parte de uma categoria de brasileiros que pairam acima dos mortais comuns, o homem está longe de ser classificado como Deus. Portanto, fica descartável a paúra respeitosa e que não deve ser objeto de confronto racional, em relação à sua emblemática figura a pleitear a presidência da república.
No raso dos argumentos, que clamam por respostas superficiais, o temor se ajusta ora a seu pretenso radicalismo de direita ora ao seu despreparo com origem nas casernas militares. Vale lembrar que Lula, o messiânico torneiro mecânico, foi moldado no sindicalismo de uma pretensa esquerda, mantendo paupérrimo curriculum e, no final, se ajustou no governo com resultados acima da média, sobretudo no comparativo dos que, antes e depois dele, pareciam perfeitos ao figurino do cargo.
Restam poucas dúvidas de que Bolsonaro terá condições, no modelo que existe, de agir ao arrepio das instituições que, bem ou mal, se consolidam no Brasil pós Revolução de 1964. Com visões umbilicais diferentes, bolsões muito pontuais temiam Lula e, agora outro grupelho, teme Bolsonaro. A maior parte dos eleitores, os que pagam a maior carga tributária do planeta, a massa sofrida de trabalhadores, sabem que a dureza vai continuar como sempre e não se assustam.
Os ruidosos que temem podem se aquietar nos cobertores. Assim como Lula não foi cretino ao ponto de tentar no Brasil uma reviravolta à la Hugo Chaves, mesmo tendo avalizado as doidices na Venezuela, Jair não será besta de tentar um regime ditatorial verde oliva. É um durão moldado nos quarteis, mas nunca foi suicida.
Em resumo: quem não sucumbiu a José Sarney, Fernando Collor, Lula, Dilma e Cia Ltda, sobreviverá, mais uma vez, a qualquer um. Pode doer? Pode e doí. Bolsonoro é igual a qualquer um dos que estão com as barbas no molho. Pior não é!
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