Esquecendo, de propósito e na base do mau caráter, que a lei da Anistia foi um acordo, capaz de ajeitar na gaveta do esquecimento crimes cometidos por todos os atores. Surgem oportunistas de ocasião reivindicando uma revisão no que foi conciliado.
Para quem entende um mínimo do assunto, fica muito claro que se trata de uma página virada que não terá respaldo no Supremo Tribunal Federal. Não importa que possa surgir documentos, estilo o mais recente com erros grotescos, revelando segredos inconfessáveis, atribuído a CIA. Nada mudará. O assunto, juridicamente está pacificado.
A tese vale também, e os espertinhos em desviar focos de atenção sabem disso, se Cuba, KGB ou qualquer ratazana liberada dos porões que urdiam tramas no tempo da guerra fria, revelarem artimanhas e/ou assassinatos promovidos por grupos que combatiam os militares. Nada mudará.
As razões são muitas e complexas. Não será possível, por mais que se faça um hercúleo esforço, punir apenas um lado que cometeu desatinos imperdoáveis. Examinar, com a devida imparcialidade todo crime cometido vai respingar responsabilidades além dos coturnos. Será que interessa? Duvido.
Ou será que os “sonháticos”, revanchistas, doidivanas, sei lá como classificar essa gente, imagina que o Exército Brasileiro vai acatar de joelhos uma reengenharia capaz de punir unicamente os que vestiram a farda verde oliva.
Aposto uma bombinha de São João, contra todas as bazucas prometidas por aqueles que não desejam a paz, que isso não acontecerá. São apenas devaneios de quem não tem mais o que fazer.
Rosenwal Ferreira
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